REDE - Associação para a Dança Contemporânea

Encontro Anual da REDE 2021 || 1 e 2 de outubro || Escola Secundária da Costa Primo, Amadora

1 de outubro

10h00 - 12h30 Oficina Pequena para Grandes, com Simone Andrade || Número máximo de participantes: 30 || Inscrição prévia para rede.danca@gmail.com

13h - 14h30 Almoço || No refeitório da escola e mediante reserva para rede.danca@gmail.com

15h00 - 16h30 Partilha e discussão do processo de trabalho artístico com alunes

17h00 - 19h30 A arte-educação como ferramenta antirracista e decolonial || Conversa com: António Guterres, Cleo Tavares, Nádia Yracema, Paula Cardoso e Puta da Silva

2 de outubro

10h00 - 12h30 - Assembleia Geral da REDE || Reservado a associados da REDE

Mais informações sobre o programa:

Oficina Pequena para Grandes, com Simone Andrade

Oficina dirigida a professores, membros da comunidade escolar, membros da rede

Número máximo de participantes: 30 || Inscrição prévia para rede.danca@gmail.com

Simone Longo de Andrade é educadora popular e especialista em Direitos Humanos e Justiça Social. Explora e desenha métodos criativos, participativos e experienciais de aprendizagem, para traduzir os direitos humanos em ferramentas de acção, transformação e justiça social. Trabalha desde 2008 como consultora independente, colaborando em projectos e parcerias multidimensionais e multidisciplinares, o que a levou a inúmeros países e diversos contextos, especialmente na América Latina e em África. É também consultora permanente da Fundação Sueca para os Direitos Humanos desde 2010. Nacionalmente, e desde que chegou a Lisboa em 2015, tem sobretudo trabalhado com escolas e associações culturais, também desenvolvendo projectos de iniciativa pessoal. Colabora de maneira permanente desde 2016, com a Associação Real Pelágio.

Ensinar é um acto performativo.

bell hooks

“Ler o Mundo através dos Direitos Humanos” tem sido o mote do meu trabalho em educação com crianças e jovens nos últimos anos. A valorização e exploração dos direitos humanos enquanto ferramentas de consciência crítica, de pensamento político, de empoderamento, de transformação individual e social pela mão de uma pedagogia libertadora – a educação como prática de liberdade, bebendo do pensamento de Paulo Freire. São momentos que convidam a parar, a ouvir, a refletir, a participar, a construir, a ser, a coexistir. Um espaço e um momento para parar e pensar o eu e o nós; a identidade e a coexistência num planeta partilhado. Como lemos o mundo? Como o compreendemos? O que são os direitos humanos? Isto interessa- me? Porquê me interessa? Como repensar o mundo através deles? Será que os direitos humanos nos podem ajudar nesta (re)leitura? Muitas perguntas às quais buscamos respostas recorrendo a métodos experienciais, horizontais, participativos, lúdicos e artísticos, sempre centrados na pessoa-participante-pensante.

É preciso reforçar e criar espaços de diálogo sincero, de escuta e de respeito, dar colo ao desconforto e à possibilidade de conflito. Há que reconhecer as injustiças, as agudizantes desigualdades e suas violências inerentes. Cada um e uma de nós, cada criança, cada jovem tem de se conhecer e reconhecer enquanto protagonista de mudança, com capacidade, poder e urgência para agir e lutar pela(s) mudança(s) sonhada(s) – a igualdade, o respeito, a justiça social, a liberdade, o amor. Precisamos com urgência de novas vozes, novas visões, novas narrativas, contestando os privilégios, as perspetivas hegemónicas, as disparidades de poder, combatendo todo o tipo de discriminação e avançando com firmeza em direção à utopia. - Simone Andrade

Quando acho que já entendi, vem a Simone e desarruma tudo outra vez... Jovem,Grupo 23:silêncio!

Ai, porque é que fazes sempre perguntas tão difíceis?

Aluno 4.º ano, Escola Voz do Operário

Nesta ‘Oficina Pequena para Grandes’ pretendemos espreitar (em 2h) o que pode acontecer, o que pode ser feito, mais a longo prazo, com mais tempo e calma, para uma leitura crítica do mundo através dos direitos humanos. A ideia é experimentar, desconstruir, desmontar uma proposta concreta, para em meta-análise poder levar ferramentas de acção e reflexão, buscando a sua multiplicação para mais públicos, mais temas ou mais acção-reflexão.

Almoço na cantina da escola || Reserva para o e-mail rede.danca@gmail.com

A arte-educação como ferramenta antirracista e decolonial || Conversa com António Guterres, Cleo Diára, Nádia Yracema e Puta da Silva, moderada por Paula Cardoso

António Guterres nasceu em Lisboa em 1978. É dinamizador comunitário com responsabilidades de gestão em projectos de base local e comunitária em vários territórios da Área Metropolitana de Lisboa. É também investigador no Dinâmia-Iscte/IUL, Instituto onde leciona na pós-graduação em Territórios Colaborativos. Desenvolve intervenções culturais nas comunidades, com Primero G, na promoção de meios de produção cultural e artística em vários territórios, colabora como curador no Alkantara, no Festival a Traça, no envolvimento das comunidades no Festival Iminente e na criação de narrativas urbanas, como “6 de Maio”, com Alexandre Farto “Vhils”.

Cleo Diára nasceu a 2 de Setembro de 1987 na Cidade da Praia em Cabo Verde. Muda-se para Lisboa na infância onde realizou a maior parte da sua formação. As suas primeiras experiências teatrais foram com o grupo de teatro universitário Mis-cutem, na sequência disso inicia a sua formação artística profissional em 2012, na ESTC. Artista multidisciplinar,desde 2015 que participou como intérprete em vários projetos teatrais de encenadores nacionais dos quais se destaca, Rogério Carvalho, Mónica Calle, Sónia Baptista e Mário Coelho, Pedro Baptista. Em 2020, ganha a Bolsa Amélia Rey Colaço para a criação do espetáculo "Aurora Negra", em colaboração com as atrizes Isabél Zuaa e Nádia Yracema, com estreia no TNDM II e digressão pelo país. Integrou também várias produções de cinema nacional e internacional, dos quais destaca Diamantino de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, Verão Danado de Pedro Cabeleira , Terra Amarela de Dinis Costa e Nha Mila de Denise Fernandes.

Nádia Yracema nasceu a 3 de Julho em Luanda, Angola. Inicia a sua formação e atividade no teatro Universitário, TEUC, onde conclui o curso de formação no ano lectivo de 2007-2008. Continuou como atriz e membro da direção do organismo até 2011. Paralelamente frequentou a licenciatura de Direito na Universidade de Coimbra.Ingressou em 2012 na ESTC - Ramo actores. Após conclusão da formação académica tem trabalhado frequentemente como atriz em teatro, onde é dirigida por vários encenadores nacionais e internacionais, dos quais destaca: Mário Coelho, Bouchra Ouizguen, Emmanuelle Huynh, Matthias Langhoff, Rogério de Carvalho, Cristina Carvalhal,Tiago Rodrigues, Sara Carinhas, Welket Bungué, Nadia Beugré, entre outros. Tem uma participação activa em vários organismos sociais que promovem o trabalho colaborativo nas áreas do cinema, teatro e performance. Em 2018 integrou o projeto internacional École de Maîtres. É membro fundador da UNA União Negra das Artes. Em 2019, juntamente com Cleo Diára e Isabel Zuaa, foi vencedora da bolsa Amélia Rey Colaço e criou o projeto AURORA NEGRA.

“No ano passado tivemos a oportunidade de criar o espetáculo - Aurora Negra- que foi o segundo projeto contemplado pela bolsa Amélia Rey Colaço . Ele surgiu da nossa urgência e vontade de trazer para os palcos outras narrativas e da necessidade de contarmos as nossas histórias através da nossa perspectiva.É um espectáculo onde celebramos a nossa ancestralidade, resgatamos vozes de mulheres que foram fulcrais na nossa formação enquanto artistas e seres humanos, mas cuja magnitude a História teima em não reconhecer. Resgatamos as nossas vivências , os nossos sonhos e enaltecemos as nossas mães. Fomos e somos protagonistas das nossas histórias.

Paula Cardoso é fundadora da rede digital “Afrolink”, é também autora da marca de livros infantis “Força Africana”, projectos criados para promover a representatividade negra em Portugal. Com o mesmo propósito, integra o formato web “O Lado Negro da Força”. Formou-se em Relações Internacionais, e foi jornalista durante 17 anos.

Puta da Silva é uma multi artista afrotravesti goiana, em trânsito por Lisboa PT. É diretora, compositora e cantora. É licenciada em teatro pela Universidade Federal de Uberlândia Mg e mestre em Teatro e Comunidade pela Escola Superior de Teatro e Cinema Lisboa PT. Participou em diversos projetos artisticos dirigindo, produzindo e interpretando. Diretora do vídeo clipe "Bruxonas" selecionado para o MVF awards 2020 na categoria "Melhor Vídeo Clipe Feito no Lockdown. Diretora da Companhia Ocupa Teatro Uberlândia MG, produtora cultural, diretora e curadora do Movimento Cultura O Olho da Rua Uberlândia MG. Criadora e uma das fundadoras da Casa T Lisboa (casa de acolhimento, sociabilização e autonomização transvestigenere). A CASA T é a primeira casa abrigo para pessoas LGBTQIAP+ com especial atenção para pessoas transvestigeneres imigrantes e racializadas em Lisboa.

2 de outubro

Assembleia Geral da REDE || Reservado a associados da REDE